Queridos,
Estava eu, andando no centro de Porto Alegre, e vi um "homem sanduíche" - daqueles com placa e tudo. Era um tipo bem humorado, e apesar de todo o calor que fazia às 13h50min na Rua da Praia, o cara estava lá, gritando a plenos pulmões o seu único texto: COMPRO VENDO OUROOOO...
Coincidência - ou não... -, uma mulher do tipo bem gostosona também estava de passagem pelo centro, assim como eu. Quando a mulher passou pelo homenzinho, ele lascou um "compro vendo ouro" com uma entonação tal, que não restaram dúvidas a respeito do que ele estava dizendo. E obviamente, não se tratava de comprar ou vender ouro, mas sim um claro elogio aos atributos físicos da bonitona que passava.
Fiquei pensando nos processos que estamos trabalhando, em que através de uma mesma partitura, de um mesmo texto, de uma mesma coisa, tentamos re-signnificá-la; pesquisamos como uma mesma coisa pode ser outra, ou melhor, várias outras coisas. Reprocessamentos.
Ainda sobre minhas experiências em passagens, no último sábado fui convidado a um casamento. Eu ali, paradinho no banco da Igreja, vi passarem os padrinhos, os pais do noivo, os pais da noiva, o noivo, e enfim, a mais esperada passagem da noite: a noiva.
Confesso que o zap rolou frouxo, de minha parte. Havia convidados presentes bem mais interessantes que aqueles que passavam na esteira vermelha em direção ao altar. Havia decoração, imagens sacras, luzes, flores (muitas flores), e fiquei pensando: as flores que decoravam cada banco também observavam a passagem mais esperada da noite: o buquê da noiva.
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